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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Novos combustíveis: Óleo de Xisto

Os óleos combustíveis industriais obtidos com o processamento do xisto são indicados para consumo industrial em centros urbanos. Isto porque reduzem a emissão de fuligem, fumaça e gases ácidos de enxofre. Além de minimizar a corrosão em dutos e chaminés. Devido à alta fluidez, este produto elimina ou reduz a necessidade de pré-aquecimento, diminuindo assim os custos operacionais de queima.

Esse processo é reconhecido mundialmente como o mais avançado no aproveitamento industrial do minério e, por isso, vem rapidamente conquistando o mercado consumidor.

Utilização

São indicados para consumo industrial em centros urbanos. É ideal para regiões de clima frio.

Técnicas em que pode ser aplicado
o Óleo de Xisto

Todos os tipos de queimadores industriais.

Vantagens do Óleo de Xisto

→ Minimiza a corrosão em dutos e chaminés;
→ Maior fluidez;
→ Fácil manuseio;
→ Elimina os transtornos associados ao aquecimento do óleo;
→ É menos agressivo ao meio ambiente;
→ Reduz a necessidade do pré-aquecimento do produto, tanto no armazenamento, bombeamento e até mesmo no tanque de serviço que alimenta o maçarico;
→ Mais econômico;
→ Reduz os custos operacionais de queima;
→ Reduz as intervenções para manutenção e/ou desentupimento de linhas, bombas, válvulas, bicos e maçaricos;
→ Elimina os procedimentos de desobstrução e limpeza de linhas nas partidas e paradas da unidade;
→ Possui baixo teor de enxofre, reduzindo a emissão de poluentes e a formação de chuvas ácidas;
→ Por ser mais leve que os óleos derivados de petróleo, reduz a emissão de partículas que causam fumaça e fuligem.





Reportagem


Boom do óleo de xisto nos EUA reduzirá hegemonia da Opep, diz AIE
Em relatório, agência aponta que tanto o gás como o óleo de xisto já estão transformando o mercado global de energia, principalmente ao fornecer suprimentos baratos à economia norte-americana e reduzir sua dependência das importações


Petróleo: óleo de xisto pode quebrar hegemonia da Opep (Hemera/GettyImages/VEJA)


O boom do óleo de xisto norte-americano pode acarretar na maior oferta de combustível fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em décadas no próximo ano, ajudando a atender a forte demanda global e minando a participação dos países membros do grupo no mercado, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta quinta-feira.

Tanto o gás como o óleo de xisto já estão transformando o mercado global de energia, principalmente ao fornecer suprimentos baratos à economia norte-americana e reduzir sua dependência das importações. Apesar de um crescimento da demanda mundial de petróleo previsto para 2014, atingindo o nível mais forte desde 2010, a oferta deve permanecer bastante confortável, o que significa que os preços do petróleo não devem ter fortes altas, disse a AIE, consultoria de energia para os países industrializados, em seu relatório mensal.

"As perspectivas para 2014 devem impactar os fundamentos altistas do petróleo. O crescimento da oferta dos países fora da Opep parece estar a caminho de atingir um recorde de 20 anos no próximo ano, ultrapassando a máxima de 1,3 milhão de barris por dia de 2002", disse a AIE.

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Uma nova era do petróleo está a caminho

Xisto - As reservas de xisto representam 10% do total de petróleo e 32% do gás disponível no planeta. Além disso, a maior parte desse mineral está concentrada em poucos países e a rentabilidade da exploração ainda é difícil de estimar. As informações foram divulgadas na primeira pesquisa publicada pela Agência de Estudos sobre Energia (EIA na sigla em inglês) dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

O país que mais detém reservas de xisto (que pode ser transformado em petróleo) é a Rússia, seguida por Estados Unidos, China e Argentina. Já os países com maiores reservas de gás de xisto - encontradas entre as camadas do mineral - são China, Argentina, Argélia e Estados Unidos.

Transformação - Para produzir petróleo a partir das rochas de xisto é preciso submeter o mineral a processos químicos e de alta pressão. A técnica é criticada por ecologistas, que afirmam que a produção é altamente poluente.

A revolução do xisto fez com que o petróleo obtido dessa forma representasse, no ano passado, 29% da produção total de petróleo nos Estados Unidos e, no caso do gás, 40%. Tal aumento fez com que o preço do gás norte-americano ficasse cinco vezes menor que o do brasileiro. 



O xisto e a revolução do petróleo - As novas descobertas de reservas de fontes de petróleo no mar e nas rochas levou um estudioso italiano a afirmar que, ao contrário do que normalmente se ouve, a produção de petróleo deve crescer. Para Leonardo Maugeri, que fez um estudo sobre o crescimento do setor enquanto estudou em Harvard, o fim da era do petróleo está longe de acontecer e a produção deve aumentar 20% nos próximos sete anos.

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